terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A Prostituição Juvenil Femininaserá tema do programa “Brasil das Gerais” Rede Minas (canal 9) na próxima quinta-feira, dia 10/12 as 19:00h, apresentado por Roberta Zampetti.
O programa contará com a participação especial da mestra em psicologia, Rafaela Assis de Souza, que estará lançando um livro sobre o tema abordado.
Não percam!!!!!

O programa “Brasil das Gerais” (Rede Minas – canal 9) apresentado pela jornalista Roberta Zampetti, é um programa interativo que alia informação à reflexão. Com uma linguagem coloquial, estimula a participação de telespectadores de diferentes níveis. Convidados no estúdio enriquecem a discussão temática e garantem variadas abordagens sobre um mesmo assunto. É transmitido ao vivo. O programa extrapola os limites da televisão e continua no site www.robertazampetti.com.br onde os convidados complementam as informações passadas no programa e enriquecem a discussão temática com artigos e opiniões.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Lançamento do livro "Prostituição Juvenil Feminina"


CONVITE

O INASPS / IMFIC - Instituto de Ação Solidária e Promoção Social / Instituto Mineiro de Filosofia Clínica, em parceria com a “Juruá Editora” e a “Livraria do Psicólogo e do Educador”, estarão lançando no dia 11 de dezembro de 2009, em Belo Horizonte/MG, o livro:

"Prostituição Juvenil Feminina:
a escolha, as experiências e as
ambigüidades do "fazer programa",

de autoria da mestra em psicologia
Rafaela Assis de Souza.

A obra é o resultado de uma pesquisa minuciosa, onde nos leva a conhecer o universo da prostituição juvenil feminina sob uma perspectiva psicossocial, acrescentando novos conteúdos de análise sobre o fenômeno, a partir dos significados, valores, crenças e vivências de um grupo de jovens mulheres que se dedicam à prática de programas sexuais.


Questiona a tendência vitimizadora e estigmatizante que freqüentemente tem sido sustentada em torno da chamada "exploração sexual de crianças e adolescentes", propondo um diálogo crítico com as práticas de intervenção hoje existentes e com a própria bibliografia científica já produzida sobre o tema.

A pesquisa de campo apresenta-nos um retrato aproximado da realidade vivida por jovens que realizam programas sexuais, das relações familiares e sociais estabelecidas, da transgressão de padrões sexuais e do estigma decorrente desta.

Além disso, permite-nos perceber que fatores facilitam o envolvimento com programas sexuais, incluindo a emancipação da jovem em relação ao seu núcleo familiar, as experiências de aventura e liberdade, a satisfação de necessidades de consumo, bem como a própria dimensão subjetiva de cada jovem, associados a um complexo conjunto de fatores estruturais, sociais, econômicos e culturais.

O livro sugere um outro olhar sobre a prostituição juvenil, em que prejuízos e a positividade concorrem entre si, marcando a essencial ambigüidade que caracteriza a prática da prostituição.

Maiores informações, contatos com: secretaria.inasps@gmail.com

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Belo Horizonte será sede do "VIII Encontro Mineiro de Filosofia Clínica"

Filósofos Clínicos de todas as regiões de várias cidades mineiras e de outros estados vão se reunir em Belo Horizonte, no auditório da AC Minas, à avenida Afonso Pena, 372, no período de 28 a 30 de agosto, durante o “VIII Encontro Mineiro de Filosofia Clínica”. Estarão presentes professores especialistas, mestres e doutores, além de alunos, que, durante o evento, vão debater questões relacionadas à pratica clínica e à formação de terapeutas. Um dos pontos altos do encontro serão as palestras do filósofo Lúcio Packter, criador do método terapêutico da Filosofia Clínica.
A Filosofia Clínica é a aplicação da filosofia, através dos seus diversos pensadores, direcionada à clínica, realizada unicamente por filósofos formados em faculdades reconhecidas pelo Ministério da Educação ou em instituições que, pelo grau de qualificação, sejam aprovadas pelo Instituto Packter. O filósofo clínico usa seus conhecimentos filosóficos, com método e fundamentação, na terapia da pessoa que busca seus serviços, como terapeuta, com o intuito de vivenciar a filosofia em questões existenciais. Por exemplo: desde consultoria a empresas até terapia em grupos ou individual; desde terapia comunitária até atendimentos a instituições ou mesmo avaliações de sistemas ideológicos.
Assim, a Filosofia Clínica é uma nova abordagem terapêutica, criada pelo filósofo Lúcio Packter. É uma “arte” terapêutica que pode ser exercida por filósofos graduados e com certificado de especialização reconhecido pelo Instituto Packter. É uma terapia que se caracteriza por aplicar a filosofia acadêmica à terapia; adaptando as teorias da filosofia às possibilidades do ser humano enquanto entificação que se realiza por si mesmo.
O foco da Filosofia Clínica é o ser humano nas suas dimensões ética, axiológica, antropológica, científica, artística, epistemológicas etc; em suma, a pessoa é acompanhada na integralidade da sua vivência, nas suas relações, no seu processo dialético de ser e ir sendo, no devir permanente do mesmo que pode não ser mais o que é; é a consciência da alteridade, de respeito e carinho pelo outro no itinerário compartilhado das questões existenciais que se revelam fundamentalmente filosóficas. Nesse caminho não há um olhar, mas diversas técnicas de olhar, examinar e pesquisar o ser do outro, com respeito e carinho.
O objetivo do método é fazer com que a pessoa alcance o bem-estar subjetivo, conceito que varia de acordo com a especificidade de cada um. Para isso, são realizados atendimentos, que duram em média 50 minutos. Inicialmente, o filósofo ouve atentamente a história de vida da pessoa, desde o seu nascimento, para analisar o contexto, como ela se construiu e tornou-se o que é, e como age no mundo. Essas informações formam a Estrutura de Pensamento. Com estas informações o terapeuta tem embasamento para sugerir e levantar possibilidades existenciais.
A Filosofia Clínica não adota procedimentos clínicos "a priori". Os procedimentos são construídos de acordo com a historicidade e as necessidades de cada pessoa. Os métodos da Filosofia Clínica não prescrevem medicamentos, internações, não utilizam tipologias para trabalhar com as pessoas. Também não são adotados conceitos como saúde e doença, cura, loucura ou normalidade. Estes, em geral, são conceitos políticos, conforme destacou o filósofo francês Michel Foucault. No método também não existe paciente, e sim "partilhante", já que a pessoa compartilha com o filósofo clínico a autoria do seu processo. A fundamentação teórica inspira-se nos diversos pensadores da Filosofia. Cabe ao terapeuta interceder em favor do bem estar do seu partilhante, atuando em conjunto, estudando, analisando, investigando, buscando procedimentos que possam trazer bem estar existencial, na medida da própria pessoa.
Para ser Filósofo Clínico é necessário passar pela formação em cursos autorizados pelo Instituto Packter, em especialização com duração de dois anos, que inclui aulas teóricas, prática clínica, estágios supervisionados, além de seminários, encontros e congressos. Concluindo o Curso com “Certificado A”, o filósofo pode atuar em consultórios, escolas, hospitais, prestar consultorias ou atuar em áreas afins conforme a sua opção.
A programação do VIII Encontro Estadual será iniciada às 19hs do dia 28 de agosto, com abertura solene, estendendo-se até o dia 30 com palestras, conferências, mini-cursos, painéis e comunicações.

(Contatos e informações:
filosofiaclinicabh@gmail.com )

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Indicação de leitura - "Filosofia Clínica - poéticas de singularidade"


Hélio Strassburger é graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria/RS. Filósofo Clínico formado pelo Instituto Packter. Pós-Graduado em ciências sociais, antropologia e filosofia. Atuou em Porto Alegre, Florianópolis e Belo Horizonte, com atendimentos em consultório, hospitais psiquiátricos e no PSF - Programa de Saúde da Família. Professor em Porto Alegre, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Coordena a Filosofia Clínica na Casa de Saúde Esperança (Juiz de Fora-MG), na Secretaria Municipal de Saúde Mental de São João del Rei-MG e na ONG HI-VITA, no mesmo município. É também diretor do Instituto Packter.


Filosofia Clínica – poéticas de singularidade
Hélio Strassburger
Uma reflexão compartilhada realiza-se em poéticas de singularidade. Buscas no diálogo com a natureza plural do ser humano. Quiçá possa desvendar, através da alquimia silenciosa das palavras, a estrutura invisível dos múltiplos fenômenos.
100 páginas
ISBN 978-85-7650-099-5
1° edição, 2007.

Filosofia Clínica - Poéticas da singularidade
Hélio Strassburger
Preliminares

Um prelúdio entremeios de excesso antecipa incertezas na diferença em ser singular. Devir sempre outro, estabelece ângulos de múltiplas faces, na alternância difusa dos espantos. Provisórias narrativas exercitam-se no descobrir de obra aberta com os intercursos da vida. As estéticas do cuidado integram-se, na Filosofia Clínica, em um novo paradigma. Atração irresistível na mediação cotidiana das intencionalidades.
Uma introspecção realiza-se em deslocamento por entretantos atalhos, contradições e paradoxos. Propedêutica a desvendar-se por outras margens. Interrogação de natureza imediata estabelece inúmeros diálogos no âmbito das provisórias convicções. Lugar para a vida insinuar-se nas estéticas do extraordinário. A raridade dos instantes elabora um compartilhar único. Superação das antinomias a predispor vias de acesso, na reciprocidade com os universos do outro.
A escuta em reciprocidade de compartilhar, acolhe em si, aquilo que, para muitas pessoas, é o mais sagrado: sua história de vida. Signos de recém-chegada alternam-se na movimentação dos relatos. Inesperado lugar para decifrar os códigos de acesso as incríveis texturas, em momentos de irreconhecível aparecimento.
Pretextos de caótica ordem alternam-se na imprecisão discursiva. Um espanto de recém-chegada se faz cúmplice a subversão rascunhada nas crises. Um sujeito se reconstrói, no decifrar arcaico das incógnitas. Vislumbre aos lugares da diferença.
Admirável cumplicidade no vaivém das abstrações. Reflexo dos inexplicáveis personagens na atualização descontínua das buscas. Um ponto de vista no talvez imperceptível dos múltiplos disfarces. Espetacular roteiro na semiose não-discursiva das expressividades. Interseção compreensiva com manifestações de aparente sem sentido.
É na reivindicação de uma atenção diferenciada, o ponto de partida para estabelecer contato com as tramas da originalidade. Prefácios de natureza imprevisível anunciam referenciais de linguagem própria. Escolhas por entre miragens do real preferem uma relação distanciada dos consensos. Há que se ter plasticidade para descobrir as senhas às rotas de exceção.
A simbologia narrativa inaugura-se em múltiplas versões. Introdução caótica por onde pode se iniciar a terapia. Harmonia na conversação com as subjetivas verdades. No desvelar simulacros, se faz possível um ponto de encontro, por entrementes de um logos a decifrar seus outros.
Uma fenomenologia do fazer clínico esboça encantamentos indizíveis ao olhar de senso comum. Natureza dessemelhante em traçados de autonomia. Segredos bem guardados podem se oferecer, bem depois que a confiança em poder compartilhar tiver chegado.
Inéditos escolhem ares de um sagrado para si. Percursos em descobertas de originalidade. Modos de ser na manifestação estética dos desatinos. Alternativas ao explorar compartilhado na revelação do espelho (ir)-refletido nos encontros. Aspectos de sem rosto na (in)conformidade de ser normal. Sofisticadas formas engendram enigmas de aparência inexplicável.
Tendo por começo uma investigação-reflexiva compartilhada: a história de vida, suas relações, crenças e contextos, constituem janelas entreabertas ao decifrar improváveis verdades. Os venenos e contravenenos, também se oferecem, no esconde-esconde das narrativas. Possibilidades de (re)significação para a existência. Desconformidade para com os limites atuais. Diálogos em devaneios de intercâmbio com a diversidade de cada um.
As estéticas do humano insinuam-se nos esboços de exótica inspiração. Procura na interrogação múltipla dessas vias de integração. Uma diversidade prodigiosa aprecia imperceptíveis zonas limítrofes a condição humana. Versões de aparente falta de sentido, aparecem na irregularidade dos relatos. Incógnitas aguardam ânimos de interseção compreensiva. Reconhecimento dos inexplorados territórios no desvendar a matéria-prima compartilhada na aproximação retrospectiva com os fenômenos da exceção.
Um existir polivalente multiplica-se nos indícios, em alegorias do recordar. Segredos de aparência enigmática traduzem estranhos horizontes. Ponto de partida ao desvendar-se nos irreconhecíveis espelhos. Um viver inédito ensaia passos no sutil desdobrar das incertezas. Conjugar de estranhamento em tudo aquilo, até então, considerado normal. Re-significar nas traduções de aparente sem sentido. Inacreditáveis atalhos descobrem suas rotas (de fuga). Um absurdo revela-se em hipóteses de viver autêntico.
Mesclas na historicidade compartilhada das sessões. Um algo mais ultrapassa a interseção reflexiva-compreensiva dos encontros. Referencial às recíprocas da atenção e do cuidado. Encontro de hora marcada com a subjetividade do sujeito. Ocasião para as dinâmicas do fazer clínico ganharem sua melhor versão. Apropriação de saber na intencionalidade decifrada com as singularidades. Constituição na superação interativa dos re-começos. Os mistérios do vasto mundo encontram, na pessoa, um laboratório eficaz nas suas experimentações. Formas de saber impreciso no aparente sem nexo das alegorias.
A fundamentação de inspiração analítica e fenomenológica, antes de ser excludente, estrutura-se ao fazer clínico. O ser terapeuta se constitui no absurdo encontro das sessões, numa interação transformadora com as crises. A suspensão provisória dos juízos (alguns), se faz cúmplice aos inéditos. Aspectos de um outro, até então desconhecido, revela-se no pretérito imperfeito das reconstruções. Devir retrospectivo a desvendar vontades e representações. Obra aberta as preliminares investigações, recompõe-se em nostalgias de contar.
A alquimia silenciosa das palavras possui pretextos de expressividade. Tradução das raridades contidas na loucura poética do existir. Com a ajuda dos termos agendados, é possível acessar excepcionais realidades. Incontáveis achados na intimidade do dizer. Vestígios ao descortinar harmonias de aspecto irreconhecível. Uma natureza polifônica estrutura-se na imprecisão de ser estranho. Roteiros de aparência indecifrável elaboram-se em traços de manifestação incrível. Inesperados achados no compartilhar clínico. Um ritual sagrado aprecia descortinar farmácias.
Signos de exceção nos ensaios de ultrapassar a normalidade. Emancipar fronteiras, na (re)descoberta para além das anterioridades. Um Gaijin no (re)começo de cara nova com os recentes achados. Apropriação no viver diferenciado da diversidade representativa. Elucidar incógnitas pressupõe adequação e plasma, desapego e múltiplas habilidades, no vaivém em busca de (re)criar-se.
Um admirar-se reinventa trajetos até então impensáveis. Inesperado esboço no dizer contraditório das interseções. Múltiplos enredos ao olhar capaz de enxergar aquilo que ninguém mais vê. No dialeto das narrativas pessoais, inexplorados territórios insinuam-se em vias de acesso à magia do contar. Jogo de cena nas semioses da presença. A polifonia desses enredos estabelece uma exótica conversação com as estéticas de expressão marginal.
As dialéticas do existir constituem uma sintonia com os ícones da divergência. Percepção de consciência alterada na fenomenologia mutante dos encontros. Enigmas contidos nas descontinuidades encontram, no simulacro dos ensaios, vislumbres ao querer dizer surreal dos discursos. Devir das intencionalidades no sagrado refúgio dos hermetismos.
Indeterminados episódios podem desvendar, na inspiração silenciosa de um dizer qualquer, múltiplos percursos, no aparente sem rumo das opções. O terapeuta ao se fazer cúmplice desses roteiros da investigação, compartilha falas, escutas e olhares. Aproximação com o fora de foco da estrutura em busca de encontrar-se.
Excepcionais biografias aguardam ocasião para revelar-se. No vir-a-ser dos instantes, tudo pode mudar. Experimentos e entrelinhas de dizer contido. Interlocução com as estruturas distanciadas dos consensos. Em busca dos segredos assim constituídos, múltiplos disfarces elaboram rotas de imprecisão aos exóticos esconderijos.
Extraordinárias versões, até então, refugiadas no dizer incompreensível das fantasias, a partir de agora se exercitam na arquitetura multicolorida de aparente sem nexo. Lógicas difusas anunciam um instante qualquer para as manifestações em devaneios de transformação.


Filosofia Clínica - Poéticas da singularidade
Hélio Strassburger
Sumário
 Preliminares
 Lógicas da diferença
 A magia da interseção
 Um olhar de primeira vez
 A surpresa narrativa
 Dialéticas do Lugar
 Refúgios na estrutura do tempo
 Expressividades do silêncio
 O feitiço da palavra
 Jardins da alma
 Um olhar por trás do espelho
 Estéticas da reflexão
 Poéticas do improvável
 Uma realidade imperceptível
 Alquimias
 Cenários imprevisíveis
 Poéticas de ser nada
 Contextos de absurdidade
 Diálogos na perspectiva esquizo
 Especulações sobre loucura alguma
 Fundamentação prática em Filosofia Clínica
 A formação do filósofo clínico
 Um café com sonho
 A vida inteira numa página só
 Bibliografia
 Filmografia

Indicação de leitura - "Filosofia Clínica - Diálogos com a lógica dos excessos"





Hélio Strassburger é graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria/RS. Filósofo Clínico formado pelo Instituto Packter. Pós-Graduado em ciências sociais, antropologia e filosofia. Atuou em Porto Alegre, Florianópolis e Belo Horizonte, com atendimentos em consultório, hospitais psiquiátricos e no PSF - Programa de Saúde da Família. Professor em Porto Alegre, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Coordena a Filosofia Clínica na Casa de Saúde Esperança (Juiz de Fora-MG), na Secretaria Municipal de Saúde Mental de São João Del Rey-MG e na ONG HI-VITA, no mesmo município. É também diretor do Instituto Packter.


Filosofia Clínica - Diálogos com a lógica dos excessos
Hélio Strassburger
A expressividade da loucura é uma espécie de laboratório aos conteúdos sem vocabulário conhecido. Representações desajustadas podem conter a diversidade figurativa de cada um. As verdades inacreditáveis são provisórias, como o mundo ao seu redor.
130 páginas
ISBN 978-85-7650-209-8
1° edição, 2009.


Filosofia Clínica - Diálogos com a lógica dos excessos
Hélio Strassburger
Esta obra é uma descontinuidade das ‘poéticas da singularidade’.
Busca tecer críticas, provocar reflexões e insinua caminhos para a desconstrução das práticas ideologizadas a partir das tipologias do desatino.
Compartilhar vivências de atendimentos, impressões e pesquisas sobre a raridade existencial da pessoa em refúgios de internação, sejam eles dentro ou fora dos muros do manicômio.
Lugar onde a palavra usual encontra dificuldades para chegar e manter interseção com a epistemologia da loucura.
A singularidade desfigurada pelas intervenções da tradição mostra, antes de mais nada, a aptidão de exclusão das analíticas da correção discursiva.
Ao se levar em consideração a distorção, o erro e as contradições do sujeito, reivindica-se o estudo do entorno da pessoa em crise: o contexto, família e o psiquiatra, que são coadjuvantes com poder (jurídico) para transformá-lo em paciente, ao prescrever suas drogas de lógica normal.
No saber desajustado dos delírios, algo mais se anuncia entrevistas de tradução.
Sua fonte de inspiração ao permanecer incógnita, também se anuncia nas tramas de excesso.
O éthos da loucura encena múltiplos personagens, entremeios de rasuras da normalidade.
Diante das pretensões da razão classificatória um viés excepcional assume papéis intermináveis.
A internação contrariada, a distorção das originalidades, o saber farmacológico e o alienista fundamentam a exclusão representada pela instituição sanatório.
Ao expor, com sua grande sensibilidade, os absurdos da sociedade que produz sua loucura, o louco a supera outra vez. Seu discurso de transbordamento possui encantos de língua marginal.
Aprecia o não-ser como ponto de partida aos esconderijos, até então desmerecidos dentro de si.
A indústria da loucura encontra apoio significativo nas práticas de alienação, onde o consumo a qualquer preço impõe suas regras.
As relações passam a ser mediadas pelas bugigangas ao redor.
Aptidão de esquiva à introspecção e ao autoconhecimento.
Sua característica principal é a insinuação, constantemente remarcada, de alguma forma de ganho, sucesso ou desempenho diferenciado.
Como a maioria das pessoas pode passar uma vida inteira na periferia de si mesma e a conviver com um ilustre desconhecido, fica relativamente fácil cooptá-las para as verdades ocultas nas relações sociais de objeto para objeto.
No entanto, os rastros da palavra maldita atualizam silêncios, lacunas e transgressões de paradoxo.
Devir descontinuado a ensaiar rotas ao ser extraordinário.
A imprecisão dessas teias discursivas realiza um trânsito aprendiz pelos ditos exóticos da razão delirante.
Para permanecer como subjetividade indecifrável, o sujeito, muitas vezes, desloca-se nalguma forma de silenciar.
Um território novo e sem vocabulário conhecido esparrama vestígios de multidão. Antecipa uma epistemologia dos excessos.
As coreografias desdobram-se no intermédio invisível da sanha diagnóstica. Ao lugar inacessível para a sintaxe conhecida, uma incompletude discursiva refere indícios de profecia. Fonte de inspiração desmedida aos esconderijos distantes da normalidade.
A folia do fenômeno carnaval pode desfazer vertentes de uma só verdade.
Ensaios de natureza mutante desdobram-se na imensidão dos exageros.
O ser errático dos devaneios revela interstícios sem correspondência na realidade conhecida.
Saber absurdo nas evasivas de introspecção.
Aparente desconexão entre nada e tudo de qualquer coisa.
Suas exceções convidam para enxergar através dos escombros da historicidade.
Episódios inesperados apreciam o esboço em caricaturas de aparência incrível.
Um querer dizer nem sempre é capaz de transgredir os dialetos conhecidos.
Ao visar exaltado da atitude delirante o mundo pode se mostrar alterado.
Uma vasta região segue indescritível, em uma zona de sombra e luz.
A lógica das diferenças, ao tentar descrever as desconhecidas rotas, prenuncia disparates de invenção.
Assim, é impreciso resgatar o louco de seu exílio, pois não se trata de considerá-lo a partir do ponto de vista normal, mas de respeitar seu viés existencial em uma busca onde todos se encontram.
O fato de não compreender sua língua, rituais ou desvario não justifica sua prisão e tratamentos de reconversão.
A natureza absurda desses abismos sugere outras fontes de razão, mesmo quando desmerecida pela medicina conhecida.
A internação involuntária, a camisa-de-força do preconceito e as práticas com base no DSM-IV (manual psiquiátrico americano) encontram ecos de evasiva ao desconsiderar segredos encobertos na desrazão.
Assim, o caótico instante, as alucinações ou a falta de jeito podem ter diagnóstico de alguma patologia.
Sempre que isso ocorre, o discurso estrangeiro do alienista procura traduzir o mundo incompreensível do outro sujeito em linguagem própria.
Ao classificar como insanidade seu deslumbramento com a vida, institui refúgios em caricaturas de coisa nenhuma.
Aos desatinos contidos na racionalidade, nem sempre basta seguir suas prescrições.
Para ela, os extraordinários presentes da vida singular surgem como confusão, desajuste ou dúvida.
Talvez a interseção positiva consiga re-significar esses instantes de improvável recomeço.
À pessoa exilada em si mesma pode restar a expressão dos monólogos com suas paredes.
Em meio ao denso labirinto ampliado pela farmácia do hospital, as vozes e visões atualizam a sobrenatural descontinuidade dos dias.
Na aproximação com os outros de sua aldeia, o devir da loucura pode surgir como genialidade, desajuste ou simulacro.
A Filosofia Clínica, como paradigma de obra aberta, aprecia a conversação aprendiz com a trama maldita nas subjetividades.
Quem sabe a compreensão dos excepcionais discursos possa revelar outras verdades?


Filosofia Clínica - Diálogos com a lógica dos excessos
Hélio Strassburger
Sumário
§ Apresentação
§ Simbologia das palavras
§ Um estranho no espelho
§ A subjetividade interdita no delírio
§ Fenomenologia da loucura
§ Discursos de transgressão
§ Simulacros da realidade
§ Dialéticas do inesperado
§ O instante aprendiz
§ Versões extraordinárias
§ Labirintos da introspecção
§ Uma realidade visionária
§ O espetáculo da ilusão
§ Incontáveis disfarces
§ Anotações sobre a estrutura do abismo
§ Estéticas da desconstrução
§ Arte de engendrar
§ Apontamentos a uma epistemologia dos rituais
§ Um olhar estrangeiro
§ Médicos do espírito
§ Ser Filósofo Clínico
§ Refúgios da singularidade
§ Casa de Saúde Esperança
§ Lógica dos excessos
§ Bibliografia
§ Filmografia

Lúcio Packter - criador da Filosofia Clínica





Lúcio Packter, um nome de muitos
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Como devo chamar alguém, pelo seu nome? Mas o que é um nome? Um surdo ou indistinto rabisco num papel que nada significa, sem história? Apenas um ruído, um gesto da boca ou da mão, sem propósito ou verdade? Este signo dado a uma criança ao nascer, de acordo com a cultura e os costumes de cada povo e pelo qual ela é conhecida e chamada, menciona alguma “substância” e pelo menos alguns adjetivos. Um nome pode ser legitimamente substituído por meras interjeições ou até simples assovios... Pode-se dá-lo sobre várias linguagens, trocá-lo mais tarde por apelidos ou pelos ajustes do marketing. Tudo isso e muito mais, com vários termos de comunicação, como a chamar pelos olhos, um apontar o dedo ou por um gesto de carinho. Pode-se dar a um homem um nome qualquer, indiferente ou carregado de grande importância social... mas as profundidades desse nome só poderão ser ouvidas na certeza de que nenhum conhecimento é suficiente à vida.
Há uma diferença em dizer: “– ei pedra!” e “– ei José!”. Mas qual? Seria imperdoável engano pensar que hoje em dia as pessoas sabem-na bem. Até porque ainda é mais fácil usar um só nome para muitos, poupando o desconcerto e o tempo da pergunta: “qual o seu nome?”. Uma multidão de mistérios e segredos individuais, chamados de “...seu Zé, dona Maria” etc. Segredos tão velados que nem os próprios saberiam contar. Codinomes que toda estação e sociedade possuem, fabricam, multiplicam e até esquecem de que guardam algum sobrenome. Ainda que a memória me deixe lembrar o quanto já conheço de alguém, o fato de repetir seu nome nem sempre me permite saber alguma verdade. E o que se pode entender por um nome, se não um resumo de pensamentos e desejos... dos nossos pensamentos sobre ele? Pensam alguns que só índios, místicos e orientais possuem nomes com significados. Quanta tolice! Acaso o sentido da vida está posto em palavras? Também, mas a vida tem muitos nomes. As palavras se repetem, porém o significado da existência que um nome próprio expressa não tem som. Nome é o título dado a uma biografia, mesmo que em anonimato nunca se o pronuncie.
É bem verdade que o nome de uma pessoa, sem nenhum prejuízo ou caráter diminutivo, pode ser irrelevante para ela mesma. Nem por isso se deve chamar outrem como se ele não tivesse uma estima de preço inigualável; como fosse proprietário da atenção alheia, reclamando a posse. Nome próprio não é sinal de mando, nem de obediência. Há que se demorar um pouco nos olhos, para que a vida não perca a direção e jamais esqueçamos que, se as roupas se parecem, os olhos não. Em casos legítimos de timidez, existem recursos maravilhosos. Percorra rapidamente o rosto, valorizando os sorrisos no canto da boca, ou qualquer tristeza, a pedir compaixão; o brinquedo que a criança exibe; a roupa de quem dela se orgulha; o ambiente em que se dá o encontro; o aroma gostoso do perfume, se houver... Ouça atentamente o que ela tem a dizer, e não se esqueça de retribuir a certeza de que ela foi ouvida. Elogios nem sempre usam palavras.
Enfim, há sempre tantas coisas para se observar naquele que cumprimentamos, que é possível descobrir qualidades que definem mais e melhor que seu próprio nome, como referências de identidade, pelas quais ele gostaria ser conhecido, como a dizer: “fulano, aquele moço inteligente, que é educado com todo mundo...”. Em especial, o mais importante do nome de uma pessoa, a cada encontro, é a história de vida dela, que não sabemos e talvez não devamos saber. Quando se deseja saber quem é alguém, o nome é a palavra dada ao mistério e à beleza que isso tudo representa. Quem apenas se interesse pelas atividades da semana e os desejos do corpo, não há de entender uma personalidade à luz da história de um povo ou do apreço que lhe confere um amigo, pelo qual todos os anônimos revelam seu valor.
Ao anonimato, contudo, existem duas formas extremas e diferentes de significá-lo, além, naturalmente, dos meios-termos. Uns são desconhecidos porque não têm autoria em quase nada, indiferentes a tudo. Há pessoas que, existindo, pouco vivem a própria realidade e, como fantasmas errantes, não enchem suas casas com alegrias. Conquanto se banqueteiem de mil caprichos, bebam e comam fantasias de consumo, obesos, fastos e cheios do cotidiano... espiritualmente estão cansados. Com o tempo, a preguiça lhes aumentou o peso e a ilusão de que a vida é um fardo e o trabalho uma maldição.
Porém, há anônimos grandes, porque engrandecem a vida de todos. Sabe-se a grandeza de alguém pela forma como trata os pequeninos: com igualdade. Acordando os seus sonhos, iluminam a existência dos que ainda dormem na vida. Humildade dos heróis, não dos covardes, pois suas vidas não lhe cabem no corpo e, excedendo-se em coragem, vencem o impulso de acreditarem-se melhores. Com mais poder, aceitam a ajuda dos mais fracos, alimentando-lhes a crença da força em si mesmos. Possuem a caridade de receber o melhor de cada um, e preferem isso a serem conhecidos como doadores. São mestres a desejar outros mestres e não discípulos, deixando as lições e provas para as escolas da vida.
Dizendo assim, um nome é tão maior quanto maior for a compreensão do seu significado e as profundidades da sabedoria. Seja o nome conhecido ou não. O registro de cada um nesta vida é a máscara ou a lente que esconde ou revela o coração da humanidade no peito que o abriga. Não obstante uns sejam ávidos por renome, outros encontram paz na escuta. Conheci pessoalmente homens e mulheres de ambos os tipos. Mas, para ser verdadeiramente justo com os bons, devo dizer que nenhuma virtude é exclusiva de alguém. Antes, qualquer mérito pessoal é resultado das conquistas acumuladas e forças conjuntas da sociedade e da história de todos os que lhe envolvem e antecederam. Quantas vezes foram os maus que nos ensinaram que também não éramos bons? E o que dizer de um campeão olímpico, se não que a potência da sua saúde física e sua determinação moral existem, têm origem e dívidas com a família que lhe alimentou e o fez crescer? Isso e tanto mais detalhes que não podem ser suficientemente conhecidos... Talvez a única exclusiva e legítima virtude de um indivíduo seja a gratidão que se deve ao mundo que o sustenta.
Não existe pura individualidade. Cada ser humano é duplo, é a substância física e espiritual do mundo acrescida de uma vontade e uma consciência de limites pessoais. As moléculas dos meus ossos e músculos são exatamente iguais a de muitos minerais da terra, e nenhum átomo sequer pertence exclusivamente a alguém, em suas constantes mudanças de energia. E qual é a perfeita diferença entre os meus sentimentos de amor e ódio e as emoções com que Machado de Assis escreveu toda a sua obra, a falar da condição humana? Que resposta pode se dar à pergunta: quem sou eu? De que são feitas as minhas crenças, inteligência e caráter? Eu sou o mundo sob o alcance da minha perspectiva, a soma da energia e influência dos meus professores do colégio, da genialidade dos artistas, cientistas, filósofos e santos, dos livros e também das lavadeiras, dos motoristas de ônibus, médicos e faxineiros, do movimento hippie nos EUA, da Revolução francesa no séc. XVIII, da mobilização mundial contra o nazismo e seu atual ressurgimento a me exigir sérias atitudes... Tivesse eu nascido noutro continente, família, cultura, religião e classe social, ainda que numa mesma época, haveria de conhecer, pensar, sentir e ser quem eu acho que sou? Muitas e muitas vezes a experiência demonstrou eu ser o contrário do que eu próprio imaginava ser. A resposta é que eu sou o que sei e muito mais ainda o que não sei de mim mesmo. O que fizeram de bem e de mal em mim e, especialmente, o que eu souber fazer com isso.
Cônscio de seu real tamanho, uma pessoa verdadeiramente boa toma para si a responsabilidade de cuidar dos semelhantes. Esta é a sua diferença dos tolos, que sequer cuidam de si próprios. Os tolos ainda não sabem que estão unidos ao destino comum e que suas mais íntimas qualidades fazem parte do mundo em que elas se encontram. Todos somos elos sagrados entre o passado e o futuro, na evolução da vida. Há pessoas que são como pérolas, outras são como ostras. Mas de onde vêm as pérolas? Do que sei, aprendi que a bondade vem da gratidão e da alegria em retribuir o legado da história dos grandes e do silêncio dos anônimos. Os que beberam da seiva universal da vida, da humildade e da certeza de que todos somos um, cada qual ao seu modo, entusiasmaram seus temperamentos com vontade e suas iniciativas com o trabalho. A vida dá a cada pessoa um talento especial, como fonte de sua íntima sensação de ser pessoalmente humano, herdeiro da humanidade. Em cada nome há um talento único para se definir, e é a isto que se deve evocar, quando alguém é chamado.
É no bojo dessa reflexão filosófica do nome e o ser do nome que me debruço com a gigante tarefa de saber como devo chamar o amigo, o terapeuta, o professor Lúcio Packter, pois ele professa meus anseios do bem e os de toda a família dos inquietos e esperançosos. Ao repetir seu nome, pelo amor que ele investe na vida e nos seres, eu ouço as ambições benignas da coletividade e o imperativo das mudanças que confirmam à história o seu papel de progresso. Pelo que o nome representa, acredito que quando seu nome for dito pela geração do porvir, entre os filósofos e os homens de bem, e mesmo entre aqueles que gostam de repetir nomes famosos, retirados dos livros, não será apenas o de uma pessoa no singular. Terá sido pronunciado um dos nomes da expansão e maturidade de nossa era, pois sei que nele vivem a compaixão, as vitórias e as derrotas, os dramas e os gozos da história humana.
Uma vida, uma humanidade. Isso é igual para todos, mas nele – o que é inalienavelmente atributo privilegiado de seu caráter – a isto se acresceu a coragem de atender ao apelo visionário de sua época. Como um pequeno profeta, que não opera milagres, mas ajuda uma nação a articular as alternativas do seu próprio destino, através da Filosofia Clínica, sua criação, ele nos proporciona hoje uma visão nova e ímpar da psicoterapia e dos cuidados para com o outro. Esta filosofia provará ser de imensa fecundidade histórica, não por ser uma promessa, mas sim por já iluminar o presente. Quanto a este homem, não há porque falar da maneira como ele se veste, se comporta ou dos pequenos detalhes. No entanto, para se compreender de modo justo o bem que representa, é preciso ver nele o que o nosso tempo nos pede para ver, e nos perguntar que caminhos seguir. Somente assim compreenderemos que resposta ele soube nos dar. Nos anos em que o tenho ouvido, muito tenho aprendido sobre a humanidade e o que diz o respeito ao próximo. O seu nome é Lúcio Packter e assim devo chamá-lo, mas seu pronome pessoal é “nós”.

[*] O presente artigo foi pronunciado na noite de 23 de junho de 2002, na sede do Instituto Packter, em Porto Alegre, na Semana de Estudos em Filosofia Clínica. O texto foi adaptado para publicação.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sebastião Soares da Silva





Filósofo Clínico, Professor, Jornalista, Filósofo, Consultor e Escritor.
Pós-graduado em Administração de Recursos Humanos, Filosofia da História, Gestão Pública, Ética, Lingüística, Arbitragem e Mediação, Filosofia do Trabalho, Comunicação, etc.
Atuou como jornalista e editor em jornais em revistas em Minas Gerais e em outros Estados;
Autor e co-autor de diversos livros, entre eles:
“Sindicalismo no Brasil, os primeiros cem anos?”;
“Comunicação e linguagem no ambiente da organização”
“Temas de Filosofia Clínica”
“Introdução à Neurociência”
“Outras esquinas, gerais” (poemas)
Artigos públicos em revistas especializadas de Ciências, Filosofia e Letras, no Brasil e no Exterior;
Cursos de qualificação, extensão e pós-graduação, inclusive no exterior;
Consultor Técnico da Delegação Brasileira junto às Reuniões Anuais da OIT - Organização Internacional do Trabalho, em Genebra/Suíça;
Consultor junto à UTAL - Universidade dos Trabalhadores em San Antônio de los Altos/Venezuela;
Consultor junto ao Instituto de Promoção Social do Cone Sul - INCANSUR, com sede em Buenos Aires/Argentina;
Diretor Presidente do INASPS - Instituto de Ação Solidária e Promoção Social.

Marta Claus


Graduada em filosofia, pela Universidade Federal de São João del-Rei e Especialista em Filosofia Clínica pelo Instituto Packter – RS, com habilitação à Prática Clínica e ao Magistério Superior. Mestre em Ciências Sociais da Religião pela FASTE-RJ e Doutoranda em Filosofia pelo IP- RS. Membro da Associação Portuguesa de Aconselhamento Ético de Filosófico de Lisboa –PT. É co-fundadora e membro da comissão editorial da Revista Internacional de Filosofia Clínica – Informação Dirigida e membro da diretoria executiva da AFIC-MG, associação de Filosofia Clínica de Minas Gerais. Tem dois livros publicados e possui vários trabalhos e artigos publicados em revistas científicas, periódicos de congressos, jornais e sites de expressão nacional e internacional. Atua em consultório, como filósofa clínica, há sete anos. Professora adjunta do curso de Formação em Filosofia Clínica em Uberlândia – MG e professora titular em Rio Verde e Jataí –GO.

José Maurício de Carvalho


José Maurício de Carvalho, é natural de São João del-Rei (MG), onde nasceu a 13 de julho de 1957. Graduou-se em três cursos universitários: Filosofia, Pedagogia e Psicologia pela Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras (Faculdade da Congregação Salesiana) que deu origem à Universidade Federal de São João del-Rei. É Especialista e Mestre em Filosofia pela UFJF, Especialista em Filosofia Clínica pelo Instituto Packter de Porto Alegre e Doutor em Filosofia pela UGF – Rio. Em 1982 iniciou sua carreira como Professor Universitário e em 1987 entrou para o Departamento de Filosofia da Universidade Federal de São João del-Rei – UFSJ onde, em 1997, tornou-se Professor Titular, por Concurso Público. Como bolsista da FAPEMIG fez estágio de Pós-doutorado na Universidade Nova de Lisboa (1994 - UNL), Portugal e, posteriormente, no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ (2000-2001). Desde o ano 2000 orienta bolsistas de Iniciação Científica do CNPq, em seus projetos de pesquisa. Organizou e foi assessor científico de vários congressos, simpósios e colóquios. Na UFSJ ocupou vários cargos na administração universitária como: Assessor da Reitoria, Diretor da Divisão de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação, Diretor do Centro Científico, Coordenador do Curso de Filosofia, além de Chefe do Departamento de Filosofia, cargo que exerce atualmente. Integra o Conselho Editorial das Revistas Paradigmas (CEFIL-UEL), da Revista Crítica (UEL), Educação e Filosofia (UFU) e Estudos Filosóficos e Vertentes (UFSJ). Na UEL integra o corpo de consultores da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. É membro da Academia de Letras de São João del-Rei, do Instituto Brasileiro de Filosofia (SP) e do Instituto Luso Brasileiro de Filosofia (Lisboa). Integra o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural do Município de São João del-Rei, desde sua fundação em 1999. Escreveu dezesseis livros e capítulos em outros seis (enumerados abaixo), tem cerca de setenta artigos e oitenta resenhas publicadas. Escreveu ainda outros quarenta trabalhos publicados em Atas de encontros de natureza científica.
Livros publicados:
1. As idéias filosóficas e políticas de Tancredo Neves (1994), Belo Horizonte, ITATIAIA.
2. Caminhos da moral moderna (1995), Belo Horizonte, ITATIAIA.
3. Situação e perspectiva da pesquisa da filosofia brasileira (1996), Londrina, CEFIL.
4. A Idéia de filosofia em Delfim Santos (1996), Londrina, EDUEL.
5. Mauá e a ética saint-simoniana (1997), Londrina, EDUEL, (Tese de doutorado).
6. Contribuição contemporânea à história da filosofia brasileira, Londrina, EDUEL, (2a ed. 1999 e 3A ed. 2001).
7. O homem e a filosofia, pequenas meditações sobre a existência e a cultura Porto Alegre, EDIPUCRS, (1998), (2ª ed. 2007).
8. Antologia do culturalismo brasileiro; um século de filosofia (1998), Londrina, CEFIL.
9. A filosofia da cultura, Delfim Santos e o pensamento contemporâneo (1999), Porto Alegre, EDIPUCRS. (Tese de Concurso para Professor Titular).
10. A vida é um mistério (1999), Londrina, CEFIL.
11. Curso de introdução à história da filosofia brasileira (2000), Londrina, EDUEL/CEFIL.
12. História da filosofia e tradições culturais (2001), Porto Alegre, EDIPUCRS.
13. Introdução à filosofia da razão vital de Ortega y Gasset (2002), Londrina, CEFIL.
14. Filosofia Clínica, estudos de fundamentação (2005), São João del-Rei, UFSJ.
15. Filosofia e Psicologia; o pensamento fenomenológico existencial de Karl Jaspers. (2006), Lisboa: Imprensa Nacional de Portugal.
16. Estudos de filosofia clínica, uma abordagem fenomenológica (2008). Curitiba: Ibpex.

Hélio Strassburger


Filósofo Clínico. Coordenador da Filosofia Clínica na Casa de Saúde Esperança em Juiz de Fora, ONG HI-VITA e Secretaria municipal de saúde mental em São João del Rei. Professor de Filosofia Clínica em Porto Alegre, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Diretor do Instituto Packter. Autor de "Filosofia Clínica - Poéticas da singularidade" e "Filosofia Clínica - Diálogos com a lógica dos excessos" - Editora E-papers/RJ.

Will Goya



Sou filósofo, pela Universidade Federal de Goiás (1991) e mestre em Filosofia Politica pela Universidade Federal de Goiás (1996). Terapeuta e escritor, professor universitário por 12 anos, palestrante e consultor de ética e de gestão de pessoas em instituições filantrópicas e empresas. Com pesquisas e vivências nos EUA e em vários estados brasileiros, acumula para si larga experiência de comunicação e trabalho com indivíduos, com pequenos e grandes públicos.
Mestrado em Filosofia Politica.
Universidade Federal de Goiás, UFG, Goiania, Brasil.
Especialização em Filosofia Clínica.
Faculdade Padre João Bagozzi, BAGOZI, Brasil
Especialização em Docencia Universitária Formação e Vivência.
Universidade Salgado de Oliveira, UNIVERSO, São Gonçalo, Brasil

LIVROS PUBLICADOS
1. Goya, Will (Will Goya)A Escuta e o Silêncio. Lições do Diálogo na Filosofia Clínica / Listening and Silence. Lessons from Dialog in Clinical Philosophy. Goiania : UCG, 2008, v.01. p.422.

FICHA DE INSCRIÇÃO


Orientações para inscrição

OBS: FAVOR COPIAR PARA O WORD E ENVIAR POR E-MAIL

Local do evento: Auditório da AC Minas

Av. Afonso Pena, 372 - Centro - Belo Horizonte - MG.

Para se inscrever ao “VIII Encontro Mineiro de Filosofia
Clinica” você deve preencher a Ficha de Inscrição, com os seus respectivos dados, assinalando a alternativa de pagamento.

A inscrição será efetivada com a apresentação do comprovante do depósito de R$ 90,00 (noventa reais), valor a ser depositado na Conta Poupança 15339-4, Agência 4157, Operação 013, Caixa Econômica Federal.

A taxa de inscrição pode ser paga em Belo Horizonte, no ato de credenciamento, no valor de R$ 110,00 (cento e dez reais).
É necessária a confirmação da inscrição pelo e-mail filosofiaclinicabh@gmail.com

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Clínico Certificado A [ ]
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de Filosofia Clínica [ ]
Profissional de Outra Área [ ]
Outros [ ]
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( ) R$ 90,00 (noventa reais) até o dia 25 de agosto de 2009.
( ) R$ 110,00 (cento dez reais) a partir do dia 26 de agosto de 2009.

Conta Poupança 15339-4, Agência 4157, Operação 013, Caixa Econômica Federal.

A taxa de inscrição pode ser paga em Belo Horizonte, no ato de credenciamento, no
valor de R$ 110,00 (cento e dez reais).

PROGRAMAÇÃO



VIII Encontro Mineiro de Filosofia Clínica

“Interseções Poéticas de Singularidades”


28 a 30 de agosto de 2009 - Belo Horizonte/MG

Local do evento: Auditório da AC Minas
Av. Afonso Pena, 372 - 3º andar - Centro
Belo Horizonte / MG

Dia 28 de agosto de 2009 – Sexta Feira
19:00h – Abertura
. Lúcio Packter
. Hélio Strassburger
. Associação Nacional de Filosofia Clínica
. Associação Mineira de Filosofia Clínica
. Instituto Mineiro de Flosofia Clínica
21:00h – Coquetel


Dia 29 de agosto de 2009 – Sábado
08:00
h – Comunicações
09:00h – “Aprofundamentos sobre Filosofia Clínica” - Mini Curso
. Prof. Lúcio Packter (Porto Alegre / RS)
10:30h – Intervalo
10:45h – “Práticas de Filosofia Clínica” – Painel I
. “Filosofia Clínica em Instituições”
. Profa. Izabel Cristina Pereira (Poços de Caldas / MG)
. Profa. Ane Carolina do Nascimento (São João Del Rey / MG)
. Profa. Ana Cristina da Conceição (São João Del Rey / MG)
12:00h – Almoço
14:00h – " O Acolhimento no Cotidiano das Práticas de Saúde" - Palestra
. Dra. Neysa Maurício Campos (Juiz de Fora / MG)
14:50h – “Filosofia Clínica e Humanismo” – Mini Curso
. Prof. Dr. José Maurício de Carvalho (UFSJR)
16:00h – Intervalo
16:15h – “Filosofia Clinica e Cinema” - Palestra
. Prof. Márcio José (Campinas / SP)
17:00h – “Submodos” – Oficina
. Prof. Sebastião Soares (Belo Horizonte / MG)
18:00h - Sorteios
20:00h – Evento Cultural
. Solenidade de lançamento de livros de Filosofia Clínica.
. Confraternização


Dia 30 de agosto de 2009 – Domingo
08:00h – “Práticas de Filosofia Clínica” – Painel II
. Profa. Marta Clauss (Uberlândia / MG)
. Profa. Silvana Agostini (São João Del Rey / MG)
. Centro de Filosofia Clínica (Juiz de Fora / MG)
09:25h – Conferência: “Filosofia Clínica: diálogos com a lógica dos excessos”
. Hélio Strassburger (Juiz de Fora / MG)
10:30h - Aprendendo com filmes
10:50h – Oficina: “A Escuta do Silêncio”
. Prof. Will Goya (Brasília / DF)
11:50h – Coffe Break
12:00h – Informações, debates e encaminhamentos institucionais:
. Associação Nacional de Filosofia Clínica
. Associação Mineira de Filosofia Clínica
12:30h – Compartilhar Experiências – Plenária Geral
. Centros e institutos: como funcionam, o que fazem, projetos, etc.
. O trabalho do filósofo clínico: relatos e perspectivas.
13:00h – Encerramento: ENTREGA DE CERTIFICADOS!


Realização:
Associação Mineira de Filosofia Clínica
Instituto Mineiro de Filosofia Clínica
Apoios:
Associação Nacional de Filosofia Clínica
Instituto Packter
Instituto de Ação Solidária e Promoção Social


As inscrições para o
“VIII ENCONTRO MINEIRO DE FILOSOFIA CLÍNICA”
são feitas através do seguinte endereço:
filosofiaclinicabh@gmail.com

Outras informações e contatos no Blog:
imfic.blogspot.com

segunda-feira, 13 de julho de 2009

VIII Encontro Mineiro de Filosofia Clínica




VIII Encontro Mineiro de Filosofia Clínica

Interseções poéticas de singularidades

De 28 a 30 de agosto de 2009 - Belo Horizonte – MG
Informações e inscrições:
filosofiaclinicabh@gmail.com